segunda-feira, 19 de abril de 2010

Homem Latino e Mulher Brasileira

Não tenho e nem venho defender uma tese. Apenas gostaria de chamar @s croquetes para a reflexão a cerca do homem latino e da mulher brasileira. Duas faces da mesma moeda? Virilidade e Sensualidade, o homem latino e a mulher brasileira, a criação de personagens tipo, idealizados e animalizados.
Para os latinos a sua virilidade está acompanhada de atributos morais como força, honra, coragem, justiça etc. Para a mulher brasileira restam os atributos de beleza natural, disponibilidade, passividade e muito reboleichom. Para ambos a característica que prevalece é a da temperatura: quente, além da pele morena e de serem constituídos mais pela sua natureza do que por uma educação, e por que não dizer civilidade/racionalidade?
Os criadores destas ideias estão no passado e no presente. Datas podem ser lembradas, entre o fim do século XV e início do XVI? Acho que sim. Encontramos relatos de viajantes europeus nas terras de Cabral - os selvagens nus. Todo esse pensamento vem sendo reformulado e reafirmado desde então. Natureza e sexualidade se confundem. Sem nos esquecermos das misturas raciais - portugueses e espanhóis fornicando com índias e negras. O "produto" da mistura foi dado como degenerado, mais disposto ao sexo e a vida desregrada. Se hoje sabemos que não há ou houve degenerescência continuamos a recriar esses seres sexualizados, só lembrar os produtos culturais que consumimos: todo seriado policial estadunidense (CSIs, Cold Case etc.) tem um gostosãocults, não se esqueçam do Gael e do Banderas (ai que tesão!). Dar exemplo sobre a mulher brasileira é necessário?
Sobre os culhões dos latinos temos também uma obra que foi marco, a do José Martí sobre Cuba e sobre a "Nossa América". Além do termo veias abertas da América Latina, Martí contribuiu com outra coisa: a reafirmação desta masculinidade, desta virilidade como atributo fundamentalmente moral. Aquele necessário para tirar Cuba e a América da merda. Isso não teria sido nada se ele não fosse "o cara"! Lido, relido, traduzido e virado bandeira para a Revolução Cubana - essa de 1959 que vimos no Poderoso Chefão, e nos 2 Che's. Isso, aquela de Fidel - aquele cara que perseguiu, torturou e matou vários homossexuais - justamente por faltar os atributos morais da virilidade. Ufa, falei.
Enfim, homem latino e mulher brasileira: a dupla feita para o sexo! Bunit@s, não preciso dizer que não falo das pessoas reais, mas destes tipos idealizados, ai se fosse real!
Taí, pari e agora o filho é nosso. O que cada um tem a dizer sobre el tema? Se tiverem medo de comentar mandem-me um email, assim amadureceremos essa discussão de diversas formas. Para quem estiver afim de bibliografia é só dar um toque.

Obs: adoro texto que na introdução diz que vai fazer uma coisa e na real faz outra! Ah, alguém sabe de um livro como o “Orientalismo” do Edward W. Said, mas falando da América Latina? Gente, tem que ser Focaultiano igual, se não, não vale!
Obs²: não falei que os homens brasileiros e as “mulheres latinas” são frias e não fazem parte da mesma lógica tratada no texto, porém o construto histórico aponta mais para estes personagens tipos.


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