terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Giovanna Casotto, uma reflexão sobre o pudim de pão

Vamos ao que interessa. Tanto tempo sem escrever algo que preste. Passei o olho nos últimos textos... que vergonha. Nada de sexo, erotismo e coisas que tornam a nossa vida mais larga, como diriam alguéns especiais.
Resolvi falar sobre a Casotto, pois tinha verdadeira loucura para ler algo dela. Já conhecia algumas gravuras, mas nada de texto. Na verdade conhecia algumas gostosas que já deram suas caras e bundas nesse blog.
Tive a oportunidade do deleite nestas férias. Fiquei um tanto decepcionada com a trama. Imaginava algo mais subversivo do que os clichês fetichescos abordados no Giovanna - lançado aqui no Brasil pela Conrad.
Muito ouvia sobre as poderosas mulheres criadas pela artista, de como elas eram rechonchudinhas, um misto de perfeição e realidade. Primeiro que quem fala que essas personagens são rechonchudas nunca trepou com, ou nunca nem viu, uma gordelícia. Segundo, as mulheres são totalmente sensuais e idealizadas, apesar de algumas marcas de realidade como pêlos pubianos e nas axilas. E desde quando pêlo confere status de realidade? Já, os homens, são bem mais comuns. Adorei a idéia de ter apenas paus médios e pequenos, bem palatáveis. 
A delícia toda é que ela tira fotos antes de desenhar, baseia seu traço nas linhas de seu próprio corpo... ficar imaginando que essas mulheres não são livre criação de alguém é bem interessante. O uso das cores sobre o sombreado do grafite dá uma esfera de tesão.
Eu compararia o livro a um pudim de pão velho. Todo mundo sabe que é a tentativa de fazer um pudim de leite, mas não deixa de ter seu sabor próprio. É bem comunzinho, mas não deixa de ser delicioso. Confiram! Sei que vão gostar!
Preciso dizer que a obra é totalmente HTN (heteronormativa)?

Obs.: Agradeço ao Bruno quem me emprestou o livro. E principalmente ao Tiago e ao Walber que sempre me incentivam a escrever. Beijos quentes pra vcs, delicinhas do meu coração!

4 comentários:

  1. "sexo, erotismo e coisas que tornam a nossa vida mais larga", adorei, fiquei imaginando no sentido literal.

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  2. A ideia era essa mesmo... deixar para a imaginação.

    Valeu pelo comentário e obrigada mesmo pelo incentivo.

    Beijos,

    Lucy Lima

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  3. Fada-se, eu gosto de pudim de leite. Algum problema???

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  4. Não há problema algum em gostar de pudim de leite, o que não dá é dizer que o pudim de pão é a mesma coisa.

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